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Divisão Estruturalista

A divisão estruturalista é mais conhecida assim:

  • Fonética: O som da fala, todos os possíveis sons que representam o sistema linguístico;
  • Fonologia: Utiliza a fonética para a compreensão de uma língua específica, logo o som da língua;
  • Morfologia: Estudo dos menores signos linguísticos (morfemas), estudando suas regras, combinações e construindo um sistema;
  • Sintaxe: Estudo da combinação das unidades maiores: frases;
  • Semântica: Estudo dos sentidos e significados que comportam as palavras. 
Somente a linguagem é possível decompor. Decompomos por exemplo enunciados que geramos para estudar a sua estrutura. Através da articulação as partes que podemos decompor em um enunciado, os morfemas, por exemplo, podem produzir outros enunciados, infinitamente. Portanto, articulação são elementos autônomos da língua, e existem duas dela conhecidas como dupla articulação: 

1ª articulação (nível dos morfemas): Esta decompõe unidades menores chamadas 'morfemas', por exemplo:
As meninas são amigas

Os termos em destaque representam menores unidades (morfemas) que possuem significados como: feminino e plural, ainda sendo capaz de obter novos enunciados/resultados quando retiramos essas unidades menores. É chamado de 'nível dos morfemas' porque tais unidades possuem um significado.

2ª articulação (nível dos fonemas): Já a segunda, são unidades menores em que suas formas não possuem significado. Isso, pois, o som não pode ser decomposto. Por exemplo: o grito. Não há decomposição, apenas o som, mas que não representam um significado. 

A dupla articulação é entendida como a possibilidade de economia dos falantes, pois é possível ao falante produzir infinitos enunciados com base de seu conhecimento em unidades significativas e um número limitado de unidades sonoras. 
Ou seja: 
  • Os enunciados são infinitos, conseguimos produzi-los a partir de pequenas unidades significativas sem depender do fonema; 
  • As unidades sonoras são finitas, são apenas repetições dentro de infinitos enunciados. 
Então, como é o princípio da economia de um enunciado?

Usamos dois eixos para representá-lo, eixos paradigmáticos e sintagmáticos. (Isso pode confundir um pouco, precisa concentrar-se) 

Se utilizarmos o eixo sintagmático, que combina palavras, junção de termos, logo teremos uma economia paradigmática, pois influenciou o paradigma, o padrão. Por exemplo: máquina de lavar, ferro de passar roupa, você une termos com os que já existem. Já, o eixo paradigmático, substitui termos como por exemplo: nomes de marca que universalizaram em nosso vocabulário, sendo assim portanto, uma economia sintagmática constituindo um sintagma mais claro e conciso.     

Por fim, a divisão estruturalista, como já foi visto em Estruturalismo, estuda profundamente a estrutura da língua. 



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